Essa é uma daquelas histórias feitas para entrar pra história.
Há 10 anos, estava eu em casa, sem sono, refletindo sobre minha própria existência, minha auto-identidade, quando me bateu aquele pensamento existencial que vez ou outra nos aflige: "Quem sou eu? Onde estou? Para onde vou?"
Após uma profunda conclusão, concluí o óbvio: eu era um Nerd.
Mas eu não era um Nerd qualquer.
EU ERA O THE ULTIMATE NERD.
E no dia 7 de outubro de 2002, às 0h11, nascia O BLOG DO THE ULTIMATE NERD.
Lembro-me com razoável lucidez daquele momento: contemplei meu chaveiro holográfico, fui tomar uma água, olhei pra fora (era noite), e pensei: "Este é um dos momentos mais importantes da minha vida!".
Eu, o The Ultimate Nerd, era um ingênuo estudante universitário, perdido entre os devaneios e as duras lições da faculdade, vivia no conforto da casa de meus pais, e era teimoso como uma mula.
O primeiro blog durou pouco tempo. Um belo dia, a empresa que o hospedava resolveu cobrar pelos seus serviços. Eu, como estudante universitário, não iria pagar por aquilo, mas fiz backup de tudo. Blogs, na época, faziam o papel das redes sociais. A diferença é que as pessoas escreviam mais e entravam em contato com pessoas desconhecidas. Na época eu escrevia mais, mas pior. O novo blog, este daqui, surgiu muitos anos depois.
Farei aqui um extenso relato de várias coisas que aconteceram desde aquele momento, mas principalmente de muitas pessoas importantes que eu conheci, e que foram fruto direto da existência deste blog.
Alguns anos antes, no longínquo ano de 1996, fiz um inesquecível e saudoso "Curso de Internet" no departamento de internet da faculdade, e, alguns meses depois, num dos "Laboratórios de Informática" (espécie de "Lan House" da época), conheci o sr. Rodrigo L., estudante de biologia.
Este encontro iria definir o resto da minha vida.
Algum tempo depois, o sr. Sérgio L, irmão do Rodrigo, foi ser meu colega de curso.
Pouco tempo mais tarde, a amável sra. Sol L., irmã dos dois, foi na mesma faculdade fazer seu curso universitário. (Seu delicioso blog ainda continua de pé.)
Como eu fui um suspeitíssimo free-lancer no blog da Sol, acabei conhecendo a minha querida amiga, quase irmã, Fran B., e, através dela, as inesquecíveis amigas Chris M., Carol S. e a Janilda (coisa linda!)
Como era hábito da época, linkei meu blog no blog da Sol, e através dele, a formidável sra. Cyberflo veio a me conhecer. Essa pessoa viria a me influenciar sobremaneira muitos anos mais tarde. (Houve uma pessoa intermediária aí, a dona Carolina, que eu devo ter tido, se muito, 1 contato, mas que precisa ser mencionada pela importância no contexto).
Uma das frequentadoras do blog da Sol era a sra. Nanna P., soteropolitana de nascimento, e seu blog tinha a estranhíssima característica de ter seu template escrito em islandês (ou finlandês, não sei direito...)
Muitos anos depois fui admitido numa grande empresa brasileira, e tive a grata oportunidade de fazer um estágio no Rio de Janeiro.
Descobri que a sra. Roberta M., grande amiga da sra. Cyberflo, trabalhava justamente no prédio onde eu estagiava, lá no Rio. Fui conhecê-la pessoalmente numa dessas simpáticas máquinas de café, no 35º andar do prédio onde estávamos. Detalhe: eu ainda não conhecia a Cyberflo pessoalmente!
Em 2009 o blog recebeu um luxuoso upgrade: registrei o domínio ".com" e recuperei o template original dele, num surto de ciúmes do blog da minha amiga Vaninha (que é o próprio Darth Vader). O blog, até então, estava com um template genérico. A Vaninha, mesmo morando longe, eu fiz questão de conhecer pessoalmente, porque ela é mais Nerd do que eu. Prosterno-me a ela.
Tempos depois vim a conhecer pessoalmente a Cyberflo num importantíssimo curso de evolução mental, indicado por ela e pela Roberta, em São Paulo, já em 2010.
Nessa época, eu já estava morando aqui na Bahia, numa pequena cidade do interior, por motivos de trabalho. (sim, minha vida deu uma grande virada...)
Mais ou menos na mesma época, conheci o sr. Eduardo S., colega de trabalho, adorável pessoa, e amante da fotografia. Pelo facebook descobri que ele tinha, entre seus contatos a sra. Nanna P., aquela do blog da Sol. O mais curioso é que eles também não se conhecem pessoalmente!
Assim fui conhecendo pessoas ao longo dos anos, através de ligações absolutamente exóticas, e é assim como as coisas se encontram agora.
Hoje, 10 anos depois, estou morando sozinho, longe da casa dos meus pais, e continuo teimoso como uma mula (talvez um pouco menos, devido aos vultosos esforços da minha amiga Cyberflo).
Vamos ver o que o futuro nos reserva...
Abraços a todos!
The Ultimate Nerd
PS: o primeiro post foi algo totalmente previsível: apenas a palavra "Teste". Era muita egotrip junta... céus...
7.10.12
26.7.12
como falar ao celular
Ok, é pretensão minha querer ensinar alguém a falar ao celular... mas vamos ao que interessa.
Telefone celular funciona por ondas de rádio, e pra isso, precisa de antena.
Os telefones de hoje não têm antena pra fora do aparelho, mas têm antena sim. Na maioria deles, fica em alguma região atrás do aparelho, e não deve ser bloqueada com a mão, caso contrário, a comunicação fica prejudicada. Na melhor das hipóteses, a bateria vai sofrer uma descarga inútil. Na pior das hipóteses, a ligação vai ficar tão ruim que vai cair.
Eu até acredito que uma certa parte desses problemas que as operadoras de telefonia celular estão enfrentando são, na verdade, problemas relacionados a isso que eu mencionei. Com esses novos planos de tarifa barata e/ou cobrança por ligação, os usuários acham que o mundo é cor-de-rosa e resolvem ficar horas e horas pendurados no telefone. E aí resolvem passear pela casa, deitar na cama, ir ao banheiro... As partes mais internas das casas, como corredores e banheiros, possuem muita atenuação de sinal devido às paredes. E na cama, o problema é quando a pessoa se debruça sobre o aparelho. Isso, combinado com o tempo muito maior de cada ligação, faz com que as chances de a ligação cair sejam muito maiores.
Eis aqui uma ilustração retirada do manual de instruções de um smartphone inespecífico, ilustrando a região da antena do mesmo:
Nesta outra ilustração, o fabricante indica as regiões que não podem ser tocadas por conterem antenas de telefonia e/ou de wi-fi:
Nem sempre os fabricantes de celular dão essas informações nos manuais de instrução de seus aparelhos.
Um caso digno de atenção é o do iPhone 4, cuja antena é a banda lateral de aço inox, que, quando tocada de ambos os lados (leia-se: "quando é curto-circuitada"), o nível do sinal cai drasticamente, conforme amplamente divulgado pela mídia especializada. A Apple, pra corrigir, recomendou o uso de uma capinha de borracha que ela própria fabrica, mas eu acharia melhor usar algum pegador auto-adesivo, grudado na parte de trás. (Eu to brincando, gente. Prefiram a telecinesia.)
Então, quando forem falar ao celular (principalmente se for comigo), segurem o aparelho pelas laterais (exceto o iPhone acima), e evitem apoiar o celular com o dedo indicador contra a orelha. Quem eu desconfiar que tá apoiando o celular no ombro vai ser sumariamente desligado, na minha já tradicional elegância e simpatia.
Pra quem se preocupa com os efeitos da radiação eletromagnética na cabeça, uma ótima dica é usar um fone de ouvido externo, ou, dependendo da situação, o viva-voz.
Figura 1: Há um belíssimo celular escondido nessa foto |
Eu até acredito que uma certa parte desses problemas que as operadoras de telefonia celular estão enfrentando são, na verdade, problemas relacionados a isso que eu mencionei. Com esses novos planos de tarifa barata e/ou cobrança por ligação, os usuários acham que o mundo é cor-de-rosa e resolvem ficar horas e horas pendurados no telefone. E aí resolvem passear pela casa, deitar na cama, ir ao banheiro... As partes mais internas das casas, como corredores e banheiros, possuem muita atenuação de sinal devido às paredes. E na cama, o problema é quando a pessoa se debruça sobre o aparelho. Isso, combinado com o tempo muito maior de cada ligação, faz com que as chances de a ligação cair sejam muito maiores.
Eis aqui uma ilustração retirada do manual de instruções de um smartphone inespecífico, ilustrando a região da antena do mesmo:
Figura 2: retirado do manual de um celular: localização da antena interna |
Figura 3: retirado de outro manual: evite encostar nas regiões indicadas |
Um caso digno de atenção é o do iPhone 4, cuja antena é a banda lateral de aço inox, que, quando tocada de ambos os lados (leia-se: "quando é curto-circuitada"), o nível do sinal cai drasticamente, conforme amplamente divulgado pela mídia especializada. A Apple, pra corrigir, recomendou o uso de uma capinha de borracha que ela própria fabrica, mas eu acharia melhor usar algum pegador auto-adesivo, grudado na parte de trás. (Eu to brincando, gente. Prefiram a telecinesia.)
Figura 4: teste de velocidade de dados, sem tocar e tocando nas antenas |
Então, quando forem falar ao celular (principalmente se for comigo), segurem o aparelho pelas laterais (exceto o iPhone acima), e evitem apoiar o celular com o dedo indicador contra a orelha. Quem eu desconfiar que tá apoiando o celular no ombro vai ser sumariamente desligado, na minha já tradicional elegância e simpatia.
Figura 5: Recomendação de como segurar um telefone celular junto à orelha |
Pra quem se preocupa com os efeitos da radiação eletromagnética na cabeça, uma ótima dica é usar um fone de ouvido externo, ou, dependendo da situação, o viva-voz.
Figura 6: exemplo de telecomunicação sem uso de eletricidade |
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