21.10.14

Alzheimer

Dia 21 de setembro foi o dia mundial do mal de Alzheimer, e eu me esqueci de postar uma coisa muto legal sobre isso.

Bom, isso é praticamente meu atestado de loucura, e eu gostaria muito mesmo de não precisar recorrer a esse artifício.

É o seguinte: nos estágios iniciais da doença, dizem que as memórias mais antigas da pessoa ficam relativamente intactas, e quem desaparece são as memórias recentes. Ou seja: não adianta você falar para ela que ela tem Alzheimer, que em seguida ela vai se esquecer (é a anosognosia).

Por que, então, as pessoas não desenvolvem desde cedo um mecanismo para se antecipar a esse paradoxo?

Eu vou explicar como eu estou fazendo:

Se por uma infelicidade do destino eu ficar com Alzheimer, algumas pessoas já sabem que é para fazer um sinal físico no meu corpo (será uma tatuagem específica) para que, se eu vê-la, lembrar que ela significa que eu estou com Alzheimer.

Como ela está gravada na minha memória que, no futuro, será a antiga (pois pensei nisso com vinte-e-poucos anos), há poucas chances de eu venha a me esquecer dela.

Viu como é simples?

É como um recado de mim para mim mesmo.

Tomara que isso não precise ser usado, mas, caso seja, é uma maneira de facilitar a vida de quem vai cuidar de mim. (Eu mesmo não ia aguentar cuidar de mim mesmo com Alzheimer... credo...)

9.10.14

Artigos futurológicos revisitados

Este texto demorou tempo demais para sair.

Sempre saem artigos tentando prever o futuro, mas ninguém os revisita, para saber o que deu certo e o que deu errado. E aqui estão eles, 4 anos depois, como uma ilustração retrospecta do que seria o futuro. Meu apreço por eles está na rigidez do método e do prognóstico.

O seguinte texto faz uma análise no mínimo curiosa sobre os fabricantes de celular nos anos de 2007 e 2010, e sua mudança nos aspectos de market share e lucro.

http://www.asymco.com/2010/10/05/the-symmetry-of-share-shifts-in-mobile-phones/




Se a evolução temporal for descrita por um vetor, os fabricantes podem ser (grosseiramente) unidos por semelhanças como segue:



O artigo da seguinte página http://www.businessinsider.com/winning-the-smartphone-wars-today-2010-10 contextualiza o que o artigo anterior apenas apresenta: "A ascenção da Apple é quase exatamente espelhada pela queda da Nokia nos últimos três anos. A Apple é claramente a vencedora da guerra dos smartphones, apesar do rápido crescimento do(s telefones baseados em) Android. (...) Será uma guerra justa, e e veremos se os consumidores vão preferir o Android de verdade, ou se eles estão/estavam comprando somente porque os iPhones não estavam disponíveis na loja".

Convenhamos, ninguém acreditava que o Android fosse dar certo, numa época em que o Symbian da Nokia era *tuuudo*, e os iPhones eram excentricidades de gente rica.

No final das contas, a Nokia quase acabou, teve que se vender para a Microsoft e agora seus smartphones rodam Windows Phone. (Swallow your pride... open your eyes...)

A justificativa de que a Nokia não adotaria o Android é que ela não queria se tornar apenas uma fabricante de hardware... o que, no fim das contas é compreensível, mas não inteligente. A Motorola, por exemplo, vende o Moto G que nem água, e o mérito do fabricante é de apenas 50%. Ok, ressalva seja feita: Android é a regra; o desempate se dá por performance e preço.

Eu não sei avaliar nada da Apple: tudo que eu tenho dessa marca é um iPod shuffle, e minha impressão sobre o iTunes é a pior possível.